O poder do natural: cada vez mais mulheres retiram próteses de silicone
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), no mundo os procedimentos para retirada de próteses de silicone subiram de 169 mil, em 2017, para 206 mil, em 2020, último dado disponível. No Brasil, a retirada teve aumento de 92% em 2020, em comparação a 2017.
As mulheres que agora procuram as clínicas para tirar o silicone mostram-se seguras do que desejam, diferentemente do que aconteceu até agora, quando as modificações eram mais resultado de pressão cultural do que outra coisa.
O fortalecimento dos movimentos feministas dos últimos vinte anos mudou tudo. A ascensão da geração Z, nascida da metade dos anos 90 para cá, e seu compromisso com a autenticidade de corpos e gêneros, está abrindo às mulheres a janela pela qual cada uma pode encontrar a liberdade de mexer — ou não — no corpo.
Entre elas estão a atriz Giovanna Antonelli, que retirou sua prótese também porque causara desconfortos físicos, e a modelo Fiorella Mattheis (nas fotos). “Há um movimento de assumir o corpo, mesmo com a maior exposição nas redes sociais”, diz Carolina Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo.