Entrevita – Leticia Spiller
PING PONG
Nome: Leticia Pena Spiller
Data de nascimento: 19/06/1973
Idade: 47 anos
Signo: Gêmeos
Relacionamento: Casada
Lazer: Viajar com a família
Pessoa que admira: Fernanda Montenegro, meus pais
Perfume preferido: Sândalo
Bebida predileta: Água
Comida predileta: Japonesa
O que mais ama nessa vida? Minha família, minha arte e a natureza.
O que mais teme nessa vida? Violência.
O que te motiva a viver? Meus filhos e meu trabalho
o que te traz paz de espirito? Estar em contato com a natureza
Entrevista
Nos fale um pouco sobre sua trajetória:
Público vem me acompanhando há muito tempo. E eles conhecem boa parte da minha trajetória. Ainda adolescente, eu fui Paquita da Xuxa. Foi uma época que eu guardo na lembrança com muito carinho e me ensinou muito. Mas desde lá, eu já tinha uma paixão: o teatro. Trabalhava porque queria fazer os meus cursos de teatro. E atuar era o que eu amava. Assim que eu saí do programa, eu me dediquei a minha carreira como atriz. Fiz a novela Despedida de Solteiro, em 1992, e, em 1994, interpretei a Babalu, de Quatro por Quatro, que foi um trabalho que me deu projeção como atriz e que eu fui feliz demais. São mais de 30 anos de TV. Tive a oportunidade de fazer trabalhos muito legais na TV, no teatro e no cinema. Sou uma artista que gosta de estar atuando em todas esses lugares.
Sabemos que além de atriz, você é produtora, diretora, poetisa, dançarina, escritora, cantora e compositora brasileira. Como é lidar com tantas atividades? E quais delas você gosta mais de fazer?
Todas elas são frutos da arte e do meu processo criativo. Eu gosto de criar, de estar nesse processo de imersão… E posso fazer isso através da atuação, da dança, do canto ou da escrita. E se puder misturar tudo, então, amo (risos). Fiz trabalhos em que atuava, cantava e atuava. E um com o Coletivo El Camino, no qual ainda tínhamos poesia. Gosto de explorar as potencialidades, de estar em contato com outros artistas. Esse processo sempre me enriquece. Difícil escolher uma atividade só, porque eu me sinto múltipla mesmo.
Você interpretou várias novelas de sucesso, tem algum personagem que marcou mais em sua vida?
Tenho muitos trabalhos que eu amo. Até injusto eleger uma só. Mas vou destacar a Babalu, de Quatro por Quatro, porque foi o meu primeiro grande trabalho de repercussão e, por causa dela, uma porta se abriu. Por causa dela, outras personagens tão importantes quanto ela vieram, como Giovana, de O Rei do Gado, a Maria Regina, de Suave Veneno, a Viviane, de Senhora do Destino, a Soraya, de I love Paraisópolis… E tantas outras. Cada trabalho nos trás algo novo e, para mim, todos são importantes.
O que tem feito na quarentena?
Eu aproveitei o período de isolamento para criar. Fiquei no meu sítio com o Pablo (Vares, marido) e a minha filha. E o meu amigo, o diretor Jorge Farjalla. Aproveitamos e filmamos um curta-metragem (risos). A história é baseada num sonho que eu tive. E esse trabalho marca a estreia da Stella, minha filha, na atuação. Ela interpreta a minha personagem criança. Fizemos também umas pílulas de Hamlet Machine, sob a visão do Farjalla, em vídeo. Algo bem legal. Também comecei os ensaios remotamente do espetáculo Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. Além disso, tive que me adaptar para ajudar a minha filha com as aulas onlines e os deveres.
Você hoje é uma artista renomada e querida por todos, como você se sente com essa trajetória de sucesso?
Eu fico muito feliz ao olhar as conquistas que tive. E mais ainda por ver que construí amizades sólidas e pilares fortes ao longo desse período. Meu foco não é o sucesso, mas sim na qualidade artística, nos feitos que me trouxeram prazer e me fizeram crescer profissionalmente e pessoalmente.
Ganhou premiações?
Sim, eu ganhei alguns prêmios ao longo desses anos. Ganhar prêmio não é o meu objetivo, mas é gostoso esse reconhecimento do meu trabalho. Eu sou muito grata por isso.
Fez trabalhos fora do país?
Já e tenho vontade de fazer mais trabalhos. Adoro Portugal, por exemplo, e amaria voltar com um espetáculo lá. Tenho muitas ideias e, quem sabe, em breve, eu não trago mais notícias.
Está feliz com suas conquistas?
Sim, feliz. Acho que a minha maior alegria é ver meus filhos bem e saudáveis. Olhar para Pedro e Stella, eles dão sentido à minha vida. E com o trabalho, eu não tenho o que reclamar. Faço o que eu quero, eu me permito viver a arte do jeito que me faz bem.
Tem algum sonho ainda para realizar?
Muitos ainda (risos). São os sonhos que nos impulsionam a seguir e a andar para frente.
Como você administra trabalho e família?
Acho que como a maioria das mulheres que trabalham e tem família. A gente vai conciliando e organizando. A responsabilidade de criar um filho vem em primeiro lugar, sempre. Mas tudo na vida é um equilíbrio. Mulher é desdobrável, como diz a poeta Adélia Prado. Fazemos das tripas, coração. A gente se vira (risos), mas nunca deixo de estar presente com os meus filhos.
Fale um pouco sobre os futuros projetos e novidades
Tenho o espetáculo Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças para estrear. Tenho o curta-metragem que eu quero lançar. Em breve, terei mais novidades para contar!
O que você faz nos seus momentos de descanso?
Leio. Fico em contato com a natureza. Fico com o Pablo. Criamos músicas. E com os meus filhos, brincamos, jogamos alguma coisa, vemos um filme…. Tomo banho de cachoeira. Meu descanso está muito ligado ao meu sítio. É lá que eu recarrego as minhas energias.
Que conselho você dá para as pessoas que se inspiram em você?
Cada um tem o seu caminho. Nenhuma história é igual a outra. Você pode ter inspiração de pessoas que trabalham na área, que fazem boas escolhas, mas o seu caminho é único. Faça boas escolhas e torne essa jornada especial para você.
Uma mensagem para a revista VULQUE e para seus fãs:
Quero agradecer o carinho que eu recebo dos fãs nesses anos todos. Vocês dão sentido para eu seguir criando e criando. Muito obrigado, revista Vulque, pelo espaço e pelo bate-papo. Espero que a gente se veja em breve com muitas novidades.